Os impasses entre Marina e Campos


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nos jornais de hoje, Eduardo Campo se esmera em negar que a convocação, para o final da semana, de uma reunião “exclusiva” do PSB para tratar de candidaturas estaduais – sem a presença de Marina Silva – signifique que há um impasse entre ele e os marinistas em torno do apoio à reeleição de Geraldo Alckmin.
Há.

Eduardo Campos não mira apenas o que Marina Silva poderia lhe transferir de votos. Até porque esta é uma dúvida que pesquisa alguma, até agora, garantiu que seja muito.

Poderá, sim, ser mais se ela for a vice.

Esse, porém, não é o trunfo do governador pernambucano, mas da ex-senadora acreana,

É com essa única carta que ela joga o jogo de poder dentro de uma aliança que é, antes, um ajuntamento eleitoral, muito embora fiquem com uma conversa “programática” para boi dormir.

Já as cartas que Campos tem de organizar são outras.

Tem de administrar as ambições de Marina – o que já é, por si ó, uma tarefa hercúlea – como precisa avançar no processo de atração, já no primeiro turno, do tucanato para sua candidatura.

Porque, se não o fizer, a máquina tucana – sobretudo em São Paulo, já que em Minas está manietado pelo poder de Aécio sobre o PSB local – tem força residual suficiente para manter Aécio em segundo, e não ele próprio.

Hoje, na Folha, Janio de Freitas faz um croquis desta situação. De, aliás, de “nova política” tem tanto quanto todos estamos vendo.

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